Já não sei o que sinto, nem mesmo se existo. Estou perdida numa inércia sentimental, até existencial, acredito. Até quando começo fazer algo, não as termino. Tudo estar por ficar em meias palavras, advindas de algum lugar obscuro de minh'alma, soltas, sem nexos, perdidas. Nem consigo chorar, o que ao meu entender é um dos últimos estágios da petrificação humana.
Indiferença!
Sim. É neste caminho que estou vivendo, acomodada na minha bolha de vidro.
O que faço?
Bem, há muitos diversas opções, mas por algum motivo não vejo razão para segui-las, como um cãozinho abanando o rabinho.
Acredito na existência de um fator, seja ele um sentimento, evento, até um outro ser humano, que irá me modificar. E nessa esperança é que me apego para continuar perpetuando no meu marasmo. Reconheço que é como deixar passar as coisas boas sem aproveitá-las, mas sinto que não é o momento certo. Só isso. Sei que tenho de fazer, com todas as letras e expressões, mas acredito que há seus momentos devidos e acertivos, sem que combine com o horário biológico e psicológico dos demais.
Hei! Sou eu, não a maioria.
É como uma questão de visualização do plano e justificação de utilizá-lo. Estranho....